segunda-feira, 31 de agosto de 2009

ALVALADE MEDIEVAL



COMEMORAçÂO DOS 499 ANOS DO FORAL MANUELINO À VILA DE ALVALADE (Alentejo)
DIA 18- 19 - 20 e 23 de SETEMBRO DE 2009
VISITE www.alvalademedieval.no.sapo.pt

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Diogo


DIOGO DA GRAÇA CAROLINO, de 77 anos de idade, é natural de Rio de Moinhos, freguesia do concelho de Aljustrel, distrito de Beja.
Nos tempos da antiga Fabrica de Concentrados de Tomate - ECA - Diogo veio para Alvalade e ali fixou residência e constituiu família.
Hoje é utente do Centro de Dia de Alvalade, onde participa das diversas actividades levadas a cabo no âmbito da animação de idosos.
Mas a grande alegria da sua vida, é o cantar alentejano. O Diogo vive e revive, nas suas modas, toda uma vivência ligada ao seu Alentejo.
Tem um grande desgosto - é que o seu Grupo Coral - o Grupo Coral e Etnografico do Centro de Dia de Alvalade, munca foi reconhecido pelo poder local, como interprete do genuino folclore alentejano. Nem a Junta de Freguesia de Alvalade, nem a Câmara Municipal de Santiago do Cacém, alguma vez se lembrararam deste grupo de idosos e idosas, que pretendem continuar uma tradição.
Naturalmente que no Concelho existe o Grupo Coral da Casa do Povo de Cercal do Alentejo, que tambem ele honra as tradições do cantar alentejano. Mas tambem, no Centro de Dia de Alvalade e, na Casa do Povo de Alvalade, existe este Grupo, que é sempre ignorado. Por serem velhos? não queremos acreditar em tal!
O Diogo, apesar da sua idade, frequenta as aulas de alfabetização, no Centro de Dia. E, a quem nos visita, faz questão de oferecer um escrito, como o que a imagem representa.
Em vida! sim em vida!
Quero homenagear este grande homem, este grande amigo e grande alentejano. FORÇA DIOGO, HAVEMOS DE LÁ CHEGAR!
Lms

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Memórias de um Alvaladense - I - O Vale do Sado

O Vale do Sado, para muitos habitantes da Sede de Freguesia, desconhecido, estende-se desde Alcácer do Sal, até aos campos do Alto Sado, após a nascente do Rio que lhe dá o nome, na Serra do Caldeirão. Em Alvalade e a partir daqui até aos limites da freguesia, o rio, atravessa campos de regadio, chamados “várzeas” e detendo diversos nomes. Por exemplo nesses limites, é conhecido pela ribeira de S. Romão. São várias as herdades, a partir de Alvalade seguindo para sul, que são banhadas pelo nosso Rio. Conqueiros; Sapa; Monte da Vinha; Valverde;Corredoura;Fontainhas;Monte Novo;Almargens;Retorta;Pasmo, Foros do Vale de Lobo; Defesa e Quinta da Zorra. Aqui, nesta herdade começa a freguesia de Panoias, do concelho de Ourique. As culturas, são predominantemente o milho, o arroz, e já o foram, nos tempos da Empresa de Concentrados de Alvalade- ECA, a cultura do tomate. Vim ao mundo, precisamente numa destas herdades, mais concretamente os Almargens. Aqui nos Almargens, eu nasci em 1948, filho de pai e mãe camponeses. Nos tempos da minha infância, não existia a barragem do Monte da Rocha, em Ourique, pelo que, no inverno o leito do Sado transbordava com muita facilidade, dando origem a grandes enchentes ou “ cheias “ como se chamavam. Após dias e dias de grandes chuvadas, as aguas do rio Sado, começavam lentamente a subir, galgando as margens e fazendo das várzeas autênticos lagos. Os animais surpreendidos pelas aguas eram arrastados. Nos montes os moradores e trabalhadores viam-se impedidos de retomar os seus trabalhos agrícolas e para minguarem as necessidades, entretinham-se a retirar das aguas alguns bens, fruta das hortas, animais como galinhas e patos e um ou outro suíno. Certa vez, o lavrador de um monte vizinho, veio com as suas filhas, ambas num pranto pedir ajuda, pois não se tratava de galinhas ou suínos em perigo, mas sim os bois que estavam quase cercados pelas aguas. E, num ápice, toda a criadagem rumou para o monte vizinho e com paus, cordas e alguns com agua até ao pescoço lá conseguiram salvar os animais. Tempos difíceis aqueles, onde apenas a solidariedade aliviava o sofrimento daqueles que labutavam no dia a dia para ganharem o seu sustento e dos seus familiares.

APRESENTAÇÃO

Nestas coisas das novas tecnologias, é para mim dificil o acesso. Tenho que me valer dos mais novos, a quem rendo o meu agradecimento, pela paciência que demonstram ao "aturarem" este cota.
E quero, deixar aqui no inicio o meu agradecimento às minhas sobrinhas, Joana e Marta, que me ajudaram a criar o blogue, durante as férias de 2009 em Altura. Espero não as desiludir com aquilo que futuramente aqui vou escrever. Tal como a primeira crónica, a que outras se irão seguir, tentarei dar a conhecer aspectos relacionados com a minha vivência, no nosso alentejo que, alguem disse um dia " è um País dentro duma grande Nação".
Não esquecerei a minha terra natal - Alvalade - a que muitos acrescentam " Sado", para se distinguir do bairro administrativo de Lisboa. Por mim até achava bem. Mas o certo é que o nome da localidade é apenas- Alvalade.
Tambem falarei, no que foi a minha vida profissional, bem como na grata experiência de voluntario principalmente numa instituição social, à qual tenho dado parte da minha vida, com o sacrificio pessoal e familiar daí resultante.
Enfim, este é para mim, o local onde irei desabafar e contar o que cá vai dentro.
Espero contar com a paciência daqueles que me visitarem.
MS