sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

ETAPAS da VIDA actualidade responsab. associativas

                                    actualidade - responsabilidades associativas em Alvalade

ETAPAS da VIDA -35 anos -responsabilidades autarquicas Presid da Junta de freg de Alvalade

                                            35 anos - responsabilidades autárquicas em Alvalade

Etapas da vida - 28 anos - inico da activ na Casa do Povo de Alvalade

                                               28 anos - actividade profissional em Alvalade

ETAPAS DA VIDA -20 anos Serv. Militar Obrigatório

Aos 20 anos - Serviço Militar obrigatório

ETAPAS DA VIDA - 17 anos - em Almada a estudar na Emidio Navarro e a trab no Arsenal do Alfeite

                                                       17 anos - em Almada a trabalhatr

ETAPAS DA VIDA - 14 anos - estudar em Beja. Escola Ind. e Comerc.

                                                          14 anos - em Beja a estudar

ETAPAS DA VIDA - 7 anos - Ferias em Sines

                                                   Aos 7 anos - praia de Sines

ETAPAS DA VIDA - 5 anos com minha irmã

   




                                                         5 anos com irmã

ETAPAS DA VIDA - 6 anos- escola primária

6 anos

ETAPAS DA VIDA - 3 -4 anos-nos almargens

3-4 anos

domingo, 9 de janeiro de 2011

AS MINHAS MEMÓRIAS - 4 - Vida Militar - O Galho

CRÓNICAS DA VIDA MILITAR (4)



O GALHO
A vida militar foi de facto uma parte importante da vida de qualquer jovem, durante os anos da guerra colonial. Essa vivência deixou em nós marcas muito importantes e difíceis de esquecer, ou que jamais serão esquecidas. Muitas pessoas quando ouvem relatos dessa época, não dão importância aos factos e é assim que esta fase das nossas vidas é sistematicamente ignorada principalmente pela classe politica. Cabe-nos a nós antigos combatentes, não deixar cair no esquecimento os factos que marcaram o país, durante 13 anos, e que resultaram na morte de milhares de jovens, outros milhares de estropiados e vitimas do stress de guerra.

A vida dos jovens nos anos 60 e princípios de 70, foi terrivelmente marcada pela guerra colonial.

A tortura começava logo, na fase de incorporação e a seguir a instrução, que se resumia a preparar a “carne para canhão”. A instrução militar pautava-se por exerc+icios físicos extremamente difíceis, acompanhado por elevadas doses de acção psicológica, cujo fim mais não era que tornar justificável o que não tinha justificação: a guerra.

Um dos exerc+icios que nos incutia terror era sem sombra de dúvida o famoso “galho”. A partir de uma plataforma a vários metros do solo, o instruendo, deveria lançar-se e atingir um galho pendente de um poste a uma distância considerável. Se o instruendo tivesse o infortúnio de não conseguir atingir o “galho” a queda seria desastrosa e levava muitas vezes ao hospital. Mas, o terror do “galho” dissipava-se a partir do primeiro salto, se o mesmo fosse bem sucedido. Partir daí, tudo era mais fácil.

Mas temível era igualmente o pórtico, para além de outros exercícios difíceis de concretizar. A instrução pretendia criar nos jovens o espírito de revolta por isso eram humilhados constantemente durante a instrução militar.

Noutras crónicas irei relatando factos relacionados com esta fase da minha vida. Não colocando de parte outros episódios doutras fases da minha vida e desde que a memória me permita, relatar.