domingo, 7 de setembro de 2014

RECORDANDO…

A IDA À VILA (1)

Reconheço, que a ideia que norteou a criação desta página pessoal, ou seja o descrever das minhas memórias, acabou por sofrer uma interrupção, não propositada, mas de que a azáfama do dia a dia aliada ao excesso de trabalho de que não consigo desligar-me,  foram os principais motivos que a tal conduziram.
É que, pensava eu, uma vez aposentado, iria ter todo o tempo livre, para pôr em prática vários projetos, entre os quais descrever as minhas memórias, para um dia, os meus entes queridos e amigos, delas tivessem conhecimento. e rebuscassem aqui, algo que lhes interessasse.
Só que, as coisas não correram tal como eu desejava. A ligação que já detinha profissionalmente à causa da ação social, continuou até aos dias de hoje, agora de forma voluntária,  cada vez com mais intensidade.
O tempo, que com o avançar da idade , parece fugir-nos debaixo dos pés, naturalmente continua a ser muito pouco, para o tanto tanto, que há ainda por fazer. E, procurar na memória que já começa a atraiçoar-me, factos dos tempos idos, não é tarefa fácil.
E, se hoje estou a tentar rebuscar mais algumas recordações da minha vida, isso deve-se ao facto tão simples que consiste apenas nisto; ao ver e ouvir um programa televisivo, a RTP Memória, vieram-me ao de cima algumas recordações que contribuíram para que eu voltasse às minhas próprias  memórias.
E voltando aos meus tempos de criança, sempre ligado ao “monte” dos Almargens, veio-me à ideia o que se passava quando minha mãe anunciava : “amanhã vamos à Vila”.

E a ida de minha mãe à Vila (Alvalade) prendia-se com a necessidade de renovação, de  géneros alimentares e outros necessários ao dia a dia duma herdade afastada uma légua dos meios de comercialização e de produção. Havia a necessidade de ir à mercearia, que era ao mesmo tempo a loja de artefactos necessários à confecção do vestuário, bem como armazém de outros produtos necessários a quem tinha a sua vida diária, em pleno campo.

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