RECORDANDO…
A IDA À VILA
(1)
Reconheço,
que a ideia que norteou a criação desta página pessoal, ou seja o descrever das
minhas memórias, acabou por sofrer uma interrupção, não propositada, mas de que
a azáfama do dia a dia aliada ao excesso de trabalho de que não consigo
desligar-me, foram os principais motivos
que a tal conduziram.
É que,
pensava eu, uma vez aposentado, iria ter todo o tempo livre, para pôr em
prática vários projetos, entre os quais descrever as minhas memórias, para um
dia, os meus entes queridos e amigos, delas tivessem conhecimento. e rebuscassem
aqui, algo que lhes interessasse.
Só que, as
coisas não correram tal como eu desejava. A ligação que já detinha
profissionalmente à causa da ação social, continuou até aos dias de hoje, agora
de forma voluntária, cada vez com mais
intensidade.
O tempo, que
com o avançar da idade , parece fugir-nos debaixo dos pés, naturalmente
continua a ser muito pouco, para o tanto tanto, que há ainda por fazer. E,
procurar na memória que já começa a atraiçoar-me, factos dos tempos idos, não é
tarefa fácil.
E, se hoje
estou a tentar rebuscar mais algumas recordações da minha vida, isso deve-se ao
facto tão simples que consiste apenas nisto; ao ver e ouvir um programa
televisivo, a RTP Memória, vieram-me ao de cima algumas recordações que
contribuíram para que eu voltasse às minhas próprias memórias.
E voltando
aos meus tempos de criança, sempre ligado ao “monte” dos Almargens, veio-me à
ideia o que se passava quando minha mãe anunciava : “amanhã vamos à Vila”.
E a ida de
minha mãe à Vila (Alvalade) prendia-se com a necessidade de renovação, de géneros alimentares e outros necessários ao
dia a dia duma herdade afastada uma légua dos meios de comercialização e de
produção. Havia a necessidade de ir à mercearia, que era ao mesmo tempo a loja
de artefactos necessários à confecção do vestuário, bem como armazém de outros produtos necessários a quem tinha a sua vida diária, em pleno campo.
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